Hoje em dia ouve-se muito sobre “Crenças Limitantes”. Parece que agora tudo é culpa delas. Se você não consegue ficar rico, emagrecer, ser feliz e produtivo pode ter certeza que alguém em algum momento vai afirmar que existe uma crença te impedindo de evoluir.
Tudo mentira? Se for verdade, como eu sei que eu tenho uma crença limitante? E se eu tenho, como eu as descubro? Bom, em partes é verdade, existem maneiras de identificar e além disso mudar uma crença. Te explico no artigo abaixo:
Como nosso cérebro funciona
Nosso cérebro foi desenvolvido, naturalmente, para criar generalizações, omissões e distorções. Muitos afirmam que o motivo é salvar energia visando a sobrevivência. Isso é ótimo para alguns momentos, como quando aprendemos abrir portas ou andar de bicicleta, porque não precisamos aprender de novo toda vez que usamos bicicletas e portas diferentes, devido a nossa capacidade de generalizar. O problema está quando a generalização é feita com relação a experiências “ruins”.
Por exemplo: Imagine que você se relacionou algumas vezes e experimentou traições. Provavelmente seu cérebro vai concluir que ninguém presta, que você nasceu para ficar sozinho(a), ou que nunca será feliz em um relacionamento. Outro exemplo, que é muito comum, são as pessoas que não conseguem falar inglês ou acreditam que inglês é difícil. Geralmente isso acontece, porque a pessoa teve várias experiências que não atenderam as expectativas e por isso o cérebro concluiu que inglês não é pra ela, culpando alguma coisa ou alguém.
Sempre que começamos algo tendemos imaginar como será quando tivermos finalizado e quando essa expectativa não é alcançada, você conclui que foi culpa de alguém ou de algo. O problema é que quando isso acontece mais de uma vez, gera uma certeza cada vez mais forte e mais real, como se fosse um fato.
Se você idealiza um corpo, quer atingir uma meta profissional ou pessoal, pare de focar no resultado final. Devemos nos concentrar no processo. O que importa são as habilidades, comportamentos, pensamentos, sentimentos e pessoas que devemos conhecer para realizar tal desejo. Sabe aquela frase “mirar na lua e alcançar as estrelas”? Ao desenvolvermos as competências e habilidades necessárias, por mais que não realizemos exatamente os objetivos que definimos, chegaremos bem perto disso.
Quando você foca na competência consegue identificar especificamente o que aconteceu, ao invés de entrar no processo do “e se” …
“E se eu não sou bom o suficiente? Não for possível? Eu nasci pra isso?”
Ao acreditar que algo é verdade começa a perceber coisas para validar essa crença. O seu cérebro busca mais situações para fortalecer essa conclusão e isso vai fazer com que você tenha mais experiências que reforçarão ainda mais esses resultados.
O medo de falar em público é talvez o mais comum entre as pessoas. Normalmente na escola, por falta de preparo ficamos inseguros em algumas apresentações de trabalho. Depois, uma ou duas experiências parecidas na faculdade, e de repente surge a oportunidade de uma apresentação na empresa. Seu cérebro vai querer te convencer que você não consegue, que vai errar, que vai esquecer o que é pra falar. Ele vai ficar passando filmes na sua cabeça com tudo o que é ruim acontecendo. No momento da apresentação sabe o que vai acontecer? O que seu cérebro disse. Você erra, gagueja, tem branco e uma apresentação horrível.
Ninguém nasce com uma crença, todos construímos através de experiências. Para resolver uma crença limitante desenvolva competências, meça as suas expectativas, não se compare a ninguém e duvide das conclusões que o seu cérebro tira, pois não existem regras. Não é porque aconteceu muitas vezes que vai acontecer de novo. Claro, se você fizer do mesmo jeito sim, mas se focar em desenvolver as suas habilidades e competências, você vai ter resultados diferentes.
O que falta é uma estratégia funcional, competência e habilidade específica para você chegar no seu resultado. Crença limitante é só uma conclusão. Não se apegue a esse assunto como a maioria das pessoas do ramo do desenvolvimento pessoal fazem. Desenvolva suas competências, elabore uma estratégia eficiente, mensure métricas funcionais que sejam condizentes aos níveis de competências que você tem.
Foque no que realmente importa!